sexta-feira, 4 de outubro de 2013



Há no silêncio um grito ensurdecedor de tudo que  não foi dito...
E ecoa em meus ouvidos toda aquela dor, calor, tremor
...Amor.

Há no silêncio a presença  das palavras que existiram de alguma maneira
No ar, no vento
No som que a brisa do mar traz-me aos ouvidos

Há no silêncio sussurros de uma noite de verão
Uma declaração de amor
Uma promessa  de eternidade...

E não sei se  algo realmente precisa ser dito
Quando sinto dentro de mim toda aquela certeza toda vez que vejo mar...
Toda vez que meu olhar cruza o oceano
E se perde  nas linhas do horizonte
E se enche das mais ternas certezas
A respeito das lembranças, dos sentimentos...
Da eternidade que nunca escapará de mim...

Não sei se há algo exatamente perdido
Quando aqui  presa neste silencio que retém tudo aquilo
Que é  único, certo e imutável
Sem necessidades de explicações, gesticulações...

Não sei se ouço exatamente você toda vez que sopra o vento...
Mas há ali o som do meu coração que bate tão forte cada vez que penso em você
E de alguma forma o transporto para perto de mim
E em silencio, somente em silencio é possível sentir
Que você nunca  estará longe de mim...
E este silêncio que horas parece um incomodo,  uma ausência
Torna-se a mais divina declaração de amor que o universo poderia elaborar para mim
E daí não tem como reter o choro, o riso...
A emoção

Não peço nada alem deste silencio que grita, explica e justifica!
Tudo aquilo que está dentro do meu coração