sábado, 24 de dezembro de 2011

Mais beleza no mundo





Há quem diga que a beleza está nos olhos...
E tudo que eu queria, era mais beleza no mundo
Mais belos olhares para a humanidade e para a vida...

E tudo que eu mais queria era corações mais carregados de fé e persistência
Acreditar que o amor é possível e que ele pode fazer nossas vidas melhores

Tudo que eu queria, era que não desistissem na primeira tempestade
No primeiro medo
No recuo de um passo...

E queria mais fidelidade à busca da felicidade
Mais harmonia e comprometimento com essa busca...

Que sorrisos assinassem contratos
Que abraços formassem elos eternos
Que beijos unissem as almas e corações para sempre

E tudo que eu mais queria...
Era mais beleza no mundo!

Que a palavra verdadeira não tivesse prazo de validade
Que a presença permanecesse em momentos de corpos distantes
Que olhares trocados tocassem os corações

E tudo que o mundo mais queria, era ver mais beleza em nossos olhos!



FELIZ NATAL!!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Peregrinos da noite







Numa noite de verão
Com a lua iluminando as ruas.
Os passos acompanhavam nossa conversa

Sem um destino certo, apenas caminhado!
E se inebriando com a brisa da madrugada...
Só queríamos nos perder em nós mesmos aquela noite...

Sem minutos nem horas para contar
O momento era nossa eternidade
O mundo era aquilo
Eu, você,
A rua e nossos passos

O íntimo da noite nos acolhia
E seria ali o esconderijo onde seria guardado o nosso momento
Para sempre !


Intocável, saberíamos onde resgatá-lo,
Quando a realidade nos deixasse acordados
E frágeis com a ausência de vida

Voltamos a mesma rua, dias depois...
E percebemos que nosso caminhar sincronizava
E já sem tantas palavras
Nosso silêncio falava mais que tudo
E as respostas estavam no reflexo das nossas mãos
Que se tocavam ligando-nos.

Eu sabia que não queria mais sair dali
E você também sabia que precisava de mim ali
Exatamente daquele jeito

Caminhamos em silêncio
Cada um com sua oração sigilosa

Um pedindo pelo outro
E a gente se conectando naquela energia
A gente vivendo tudo o que o outro queria.

“Não vamos perder o momento”
Nossa filosofia...

Desta forma nos achamos um dentro do outro
E aquilo ficou para sempre!

Eternizado dentro de cada um.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sabedoria




Lúcidos há dias
E na imagem não há mais neblina.
Sob luzes, promessas!
E de olhos bem abertos, a aceitação.

Há uma realidade escondida nos impasses
E no silêncio do tempo
A formação de diálogos cravados na alma
Como profecia
De vida ou morte.

Esteja sempre pronto...
É fácil encontrar em cada esquina uma estação.
É fácil dizer Adeus ao seu caminho
Por isso o medo neste caso
É pura vaidade

Escolha seus sentimentos
Não colha sementes não semeadas...
Banhadas por lágrimas
Atrofiadas pela vida.

Entenda que para tudo, há seu tempo...
Aprenda que seus sonhos são mensagens de Deus
Que diz que você pode viver muito e melhor!

sábado, 19 de novembro de 2011

Seu sorriso









E hoje eu sonhei com você
E você estava sorrindo!...
Ele me disse assim.

E hoje eu sonhei com você
E você estava caminhando entre nuvens de algodão
Flutuando com o vento...
Ele me disse assim.

Hoje pude voltar para perto de mim
Depois que a encontrei em meus sonhos...

E das possibilidades,
A força de vontade
E do tempo, só desejos...

Hoje pensei em você
E resolvi sentar na varanda
Pra quem sabe você chegar...
E esse meu desejo se realizar

E o sol se pôs...
E com o conforto de um cobertor
Senti seus braços envolvendo meu corpo
Você me abraçando!

Você estava tão perto
Tão perfumada...

O calor do seu abraço me aquecendo...

Você perto,
Você junto de mim...

Você ali, como nos meus sonhos
Sorrindo...
Sorrindo para mim!

sábado, 15 de outubro de 2011

Singularidade









Para dispersar a atenção, leves pensamentos...
Você nunca realmente irá saber medir a altura do salto
Ou quão fundo será o poço que você vai cair....
Em ambos, a única certeza é o temor....

Seria mais uma aposta, acreditar que de repente tudo pode dar certo...
Presa na rotina de induzir o fundo do poço para que a realidade pareça menos dura...
Presa nos sorrisos do espelho
E nas lágrimas do desespero


Sugerimos algo, mas isso não é a melhor opção do cardápio...
Esperamos e pagamos para ver...
O Risco é o que excita, mesmo quando provoca o fim.
Somos vítimas de nós mesmos
Reféns dos nossos acasos premeditados...
Nas circunstâncias provocadas propositalmente
Para enganar a nós mesmos

O que peço, não condeno!
Por que se condeno não peço...
O que ouço, não digo...
Sinto!
E guardo e falo somente as letras que me convém...

Sou suspeita, de um plano de destruição
Mas sou uma vítima de uma futura salvação!

Pode ser que nada funcione e que tudo dê errado!

Tudo bem...
Por que nada estava esperando mesmo.
O fim já foi aceito
E o resto....
É uma opção minha, querer ou não!

Não discorde de mim
Nem pense que é maldade...
É singularidade!

E talvez, quando tudo voltar ao normal...
Eu tenha perdido muito...
Mas...
Se acaso eu voltar, já vou ter muito!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“Achando as correções no tempo...”






Provérbios, parábolas, metáforas
Ou...
Quando não há palavras, a metafísica explica!
Equações de física...
A velocidade da luz
O som que se propaga!

Aonde não há vento, não há vida!
Aonde não há explicação...
Não se faz necessário entendimento!

Há um trecho, uma estrofe, um verso...
Há uma poesia, um salmo...Um versículo
Há um caminho!

Dentro de um olhar, há um pergaminho!

Um coração vazio às vezes...tem paz!

Uma luz eterna, uma gota de amor

Um soluço que acorda a madrugada
Um grito que adormece
Um suspiro que mata...

Há um instante escondido entre os segundos
Que ninguém nunca viu e nunca verá
Mas que o coração sente...

Há talvez certas coisas, que o mundo desentende...
Que cresce para podermos gerar conceitos
Mudar de opiniões, quebrar tabus!

Há o inesperado beijo de despedida
E a lágrima do encontro eterno...

De certo, há uma mão sobre nossas cabeças...
Há um colo amigo
O perdão de um Pai...
A sabedoria dos inocentes que não sabem soletrar os verbos...

Sistematicamente o mundo dá suas voltas e não nos pergunta se queremos parar
Ele nos leva para onde devemos ir e não nos deixa parar...
Há um tempo, neste todo espaço que se esgota,
Que nos acompanha...
Que dança com a gente
Que vive com a gente...

Há um tempo, talvez este...Talvez o agora
Que explica...
E a gente só precisa vivê-lo...
E sorrir com ele...
E viver...
Apenas, viver!

domingo, 4 de setembro de 2011






Às vezes...

As pessoas morrem
Ou as pessoas vão embora...

Às vezes as pessoas nos magoam
E razão luta contra o coração e as tiramos das nossas vidas
Daí ficamos num pranto de
Mistura de dor, mágoa e saudades...

Às vezes magoamos as pessoas...
E mais que justo, elas pegam e vão embora
E nessa hora se arrepender não resolve muita coisa...

Às vezes evitamos as pessoas
E vivemos solitários...

Às vezes as pessoas nos evitam
E também vivemos solitários!

Às vezes conversamos com pessoas imaginárias e elas nos completam de forma única!
Às vezes conversamos com pessoas imaginárias e isso pode ser sinal de loucura...

E ás vezes, preferimos as pessoas imaginárias
Porque machucam menos ...

Às vezes somos “A pessoa” da vida de alguém
E isso significa coisa boa
Mas às vezes nem tanto...

Às vezes nos querem como pessoas
Mas nos sentimos um ser de outro mundo!

Às vezes são tantas as pessoas
E a única pessoa que a gente quer, está tão distante...

Às vezes as pessoas confiam demais nas outras, sabe?!
As vezes as pessoas se machucam muito
E machucam muito também!

As vezes as pessoas amam demais
Ou às vezes são carentes demais

Às vezes as pessoas são tão complexas para serem melhores
Quando bastava ser elas mesmas para serem tudo!...


Às vezes...
Ser uma pessoa é difícil
Amar uma pessoa é difícil
Esquecer uma pessoa é dificl
Perdoar uma pessoa é difícil

Mas não só as vezes...Quase sempre...
Precisamos de uma pessoa que nos olhe nos olhos
Que não fale nada e nos abrace
E com esse gesto,
Todo o mundo entra nos eixos
Tudo se acalma...
Tudo volta a ser vida...

Mas assim
Só as vezes...
E nessas vezes...

Só agora..

quarta-feira, 13 de julho de 2011

#Devaneios




Eram linhas paralelas e estreitas...
Era um caminho retilíneo...

Uma calmaria, uma manhã serena.
Um dia florescendo...

Era um amor crescendo...

Eram aromas ao vento
Beijos ao relento
Prazer nas pontas dos dedos!

Eram tiros certeiros
Em tardes de devaneios...

Eram entorpecentes
Embriagados pelo tempo
Resistentes ao medo

Um grito de desespero!
Apego...
Apelo!
Desnorteio...
Anseios!


Devaneios...

domingo, 19 de junho de 2011

Vento que ecoa...










Vento que ecoa...
E bate a porta!

Vento que ecoa...
E que uiva...

Se aquece ali, com seus meios...

Vento Ecoa...
Saudade aperta o peito...
Sensações estranhas....

Uma certeza....
Uma verdade...
Um novo ponto de vista...

Observação!

Vento Ecoa
E me traz boas novas
Sobre o mundo
Sobre o tudo ...

Vento Ecoa
E eu sorrio...
E ele me traz seu sorriso!
E eu me alegro...
E eu me aqueço neste sol de inverno
E neste abraço me encaixo
E neste cheiro me embriago...

Vento Ecoa...
E é um pouco de paixão...
Com um pouco de inibição...
E de realização...
Ahh... Uma degustação!

Vento Ecoa...
Pro aceno de adeus...
Que aperta o peito
E dai novamente....

Ecoa!

Como uma despedida...
Mas é daquelas...
De meio-dia, sabe?
...
E eu sorrio...
E antes de dormir...
Penso em você!

Enquanto o vento ecoa...
E enquanto o vento uiva...

domingo, 1 de maio de 2011

Lá no fundo dos meus olhos....



No fundo dos meus olhos há uma fonte profunda e escura...
Água gelada de rio, que escoa e seduz...

Lá no fundo dos meus olhos, no fundo da fonte
Há desejos...
Sonhos perdidos, congelados numa noite qualquer...
Lá e ali...perdidos numa cor que muda...
Conforme sente, conforme se emociona....
Lá no fundo dos meus olhos, há rochas e pedras preciosas...
Há transparência após a cor escura....
Há calor...
Há vontades...
Há seus beijos e suas memórias.. bem ali
No fundo dos meus olhos
Há você!
Inteiro mergulhado em mim
Envolto em mim
Há seu calor, meu calor..Nosso calor...
Bem ali
No fundo dos meus olhos
Pupilas dilatadas...
Medos omissos...Espasmos!
Silêncio...
E de repente...
Um mergulho de surpresa....
Sua certeza, minha real surpresa...

No fundo dos meus olhos
Castanhos...
Escuros
Há profundezas...
Há tristezas
Há memórias
Há alegrias...

No fundo dos meus olhos...
Há sua imagem refletida
Em dias de chuva
Em dias de sol...
Em dias de lua...
Há você ali, como emblema...


Há você ali...
Que mergulhou
E me conquistou!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Se fosse vida...





Sem paixão, ela morria...
Sem amor não havia vida.
Sem teus olhos, nada brilharia!

Era fim de linha, fim de vida
Mas nos pulsos, vida ainda corria...
Fria, densa...
Assim era aquela agonia
De fim de trilha
De fim de vida

Sem paixão, ela morria
Seu coração não mais batia
Latejava de dor
Era assim que batia...
E que pulsava...
Que Punia
Que Ardia
E que Mantinha!
E aquilo...Ah aquilo...!
Não era mais vida

Era um coração triste que batia,
Mas que não vivia.

Esqueceu as roupas e outras relíquias
Pensou no rosto que não mais sorria
Lembrou dos olhos que nunca mais vira

Pensou no vento, que nunca mais vinha
Pensou na vida...
Relíquia!
Que não mais existia...
Fim de linha...
Próxima estação
Coração batia...
Era vida?
Não...
Ela já não mais existia...
O que batia?
...
Fim de linha
Partida

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vivia...




Tudo meio estranho , meio esquisito.
Surpreendente novo...
Velho conhecido!

Confissões...
confusões,
confundia tudo...
Batia de frente, errava o muro...

Frente , rente...Face, dentes!

Amor perdido, submetido, derretido
Destemido...

Supria, mantia...envelhecia...
Sentia, erguia, construía...
Saia, vinha...
Deixava, voltava
Arrastava, esfolava....
Matava, mas amava
Sangrava, mas gozava...

Era claro, preto
Vermelho, quente

Esquecia-se
Partia-se

De partidas...
De feridas...
De vidas...
Divididas

Nossas
E outras vindas...

Deixava,
Dormia
Envelhecia
Morria.

Vivia...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem me dera!




Desandei a rimar...
Meu mundo com a suas palavras...
Soltas ao vento
Perdidas no tempo...
Carentes de amor
Carregadas de dor...

Olhei lá pro alto
Medi seu salto
Acolhi sua queda
De portas abertas!

Andando só...
Meia num mundo
Meia num fundo...

Sozinha arrastando...
Os lenços e o vento
As roupas e o tempo!

Arrastando as palavras
Escolhidas a dedo
Jogadas ao vento
Perdidas naquele tempo...


Em que eu rimava suas quedas
Com minhas esperas
Ah...

Quem me dera!