segunda-feira, 14 de junho de 2010

O cinza do vazio...


Alegria tomada
Arrastada
Vazia..
Faz Silêncio dentro de mim
Nem ecos tem aqui...

Sem som
E nem espaço para sentir...
Meu coração num vácuo infinito
Sem rumo
Sem destino

Hora, lágrimas frias escorrem
Hora, lágrimas quentes queimam a pele do rosto
Não sei dizer
Nem entender

O que passa
E o que vem
Há de quem saber?

Sonhos, reflexos indignos
De almas que agonizam
E abonam supostas realidades impostas

Não luto mais contra
Nem a favor...

Deixa ser assim
Já que assim o quer...
Deixa queimar
Arder, doer...
Deixa matar
Agonizar
Sofrer...
Deixa, deixa...

Hora frestas de luz aparecem
Hora o sol domina tudo
E a visão se perde
Hora a escuridão tem vultos
Hora a escuridão é um silêncio e um nada absoluto.

Não sonho
Não choro
Não vivo

Encaro de frente e rente
Que venha o mundo
Que venha a vida, ou morte...
Se isso é uma luta
Algo como questão de sobrevivência
Lutarei com as armas implícitas que tenho
Não estou desafiando ninguém
O tudo me desafia
E se assim o faz é porque deve ter medo
Insegurança sobre mim
Alguma ameaça devo representar enfim...

Já assim,
O perdedor nisso tudo não sou eu
Quieta aqui
Espero que o mundo venha
Venha me enfrentar,conflitar
E tentar ganhar...
O que? Não sei...
Mas se é minha vida que quer ganhar...
Tome...está aqui
Não impeço mais de levar...

Fim ou Começo
Não sei...Quem sabe o meio

Um comentário:

  1. Plena a Maré

    Alma que aquieta a maré.
    Se bem quer? Não o é!
    Se vai contra luta.
    Plena e absoluta.
    Foge a conduta.
    Também não o é!

    Respeita a Lua, respeita o Sol.
    O estado vazio inreflete o estado só.
    Respeita a cheia, respeita o amor.
    A vazante plena
    Preenche uma qualquer dor
    Logo se esquece
    Logo tão logo
    Se acende uma vela
    Assopra, apaga
    Se estende ao bem mar
    E do tudo a passar
    Sempre nada se compreende em quão breve estar

    Se Aprende sempre
    Aos olhos dágua em tal breve e pleno assim suspirar.
    MC

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