segunda-feira, 30 de abril de 2012

Esconderijo



Talvez o ambiente secreto fosse propício para que o conforto estivesse presente,
Mascaras ao chão

Medos e anseios jogados a mesa.
Fossem propícios para o escarro que remete o nojo
Para o cigarro que remete a repulsa
Para a embriagues que não cobrava nada da consciência...


Talvez o ambiente fosse propício,
Pra que todas as mentiras fossem aniquiladas por elas mesmas...
Para que os disfarces brilhassem como fantasias ridículas
Para que os rostos envelhecessem
E que a aparência se tornasse algo pejorativo...


E era da beleza que falava os Monges...
Monges? Beleza?
Era de tédio que falavam os jovens
Eram de dores que falavam religiosos
Eram de medos que falavam heróis
Eram de vinhos que vampiros sobreviviam...


Era um assunto nunca mencionado antes,
 Posto ali,
Escrachado para todos...
Era da sorte que o destino mais temia!

Acabou a ilusão!
Acabou o conto de fadas
Acabou a purpurina
Não tem mais rum
Não tem mais folia...
A chuva caia ainda de madrugada
E as jovens não se cobriam
Era uma orgia, de que até Deus duvidaria...

Eram santos num apocalipse
Eram pecados arrematados por centavos...

Era aquilo que o secreto remetia
Que libertaria...
Aquela vida libertina!

Ao som de Max Ritcher - "From the art of Mirrors"

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